Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

24 abril 2011

De uma para o outro. Eles ....

... Seguiam o fluxo das idas e vindas. Das chegadas e partidas. E quanto mais iam e vinham mais queriam estar. Um com o outro. Ela com ele e ele com ela.
Enquanto ela ficava mais perto do jardim alimentando seus pássaros de rua com bananas, caquis e mamāo. Enquanto ela oferecia àgua fresca trocada por volta do meio dia ... ele se deixava levar através das asas inventadas pelo homem. Projetava-se pela força de seu tempo. Elaborava procedimentos de vôos cunhados por seu próprio traço em formas de desenhos. Acostumado a ir ele ia com coragem e fé. Liberto de medos inconvenientes ele ia e se estabelecia do seu jeito: seguro. Habituada a querer ficar ela ensaiava pequenos novos trajetos. Entre o jardim e o palco. Entre o que foi e o que projetava ser ... ela sobrevoava novas paisagens internas. Terra e ar. Ar na terra.
E os dias iam somando saudades.
E a saudade se diluia nos encontros de ouvidos que alimentavam um cotidiano interligado pelo plano Infinity de uma operadora que mal suspeitava o que o infinito sugeria. E os mundos paralelos de uma e de outro iam se aproximando através da contaçāo de uma história íntima. De um para o outro. De uma com o outro. Dele pra ela ... Entre ele e ela.
Um mundo inventado. Por eles ....

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