Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

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16 junho 2013

Chuvarada


.... Quando a chuva fazia barulho ela se programava para escutar. O pingo tocava alguma superfície e se deixava ecoar! Sons pequenos acalmavam o coração já os dias de tempestade aceleravam o tormento que havia ... sempre e antes de tudo ... dentro dela! Era um barulho maior do que havia se acostumado. A força do vento misturada com o volume ampliado dos pingos da chuva sugeriam um cuidado maior desde a escuta! O mundo parecia frágil em dias de tormentas! As árvores chacoalhavam seus temores dos raios, as plantas de folhas grandes recebiam a chuva acumulada no telhado e se deixavam anunciar mais do que antes. A terra amolecia e abria espaço para uma umidade movediça. Onde se escondiam as formigas quando seus formigueiros se derretiam em dias de dilúvio? Como as penas dos passarinhos conseguiam acumular mililitros de água sem os imobilizar? Como ela poderia se acalmar sem saber quanto de chuva poderia desejar?

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