Bolão era " para o mundo" ... Carrascoza também

... páginas verdes, de um verde claro quase um tom de menta, mas, ainda assim verdejante! A cor da esperança, a cor do grilo e grilo traz sorte, nem todos os grilos(internos) são verdes e quase nenhum sugere esperança. A desesperança, com sorte, se abre pra esperança de se ter consciência sobre o que se é, de onde se vem, e o que se mantém. O mais dentro do dentro possível! Como diz ele: " com as palavras de cima e as palavras de baixo". Mas há nessa vida quem sorri como o Bolão, a personagem mais doce que meus olhos cor de mel já leram! Bolão entrava no mundo do outro e o enfeitava com sua oferenda de vida! Gostava do verde e de outros tons à mais! E quanto mais eu lia aquelas páginas - um tom à menos que o tom de "um" grilo - projetadas depois de vividas pelo grandioso Carrascoza mais eu emudecia. Mais eu umedecia os lenços de papel da minha caixinha de música interna! Eu vivi junto com as personagens do "Aos 7 e aos 40" de um modo único como em nenhuma outra literatura eu havia experimentado! A estranheza daquela mistura visceral se dava tanto mais quanto as palavras anunciavam, precisamente, aquela infinita imensidão rural! E de lá pra cidade grande era a miudeza que continuava importando. Pra ele que escrevia suas escrituras encharcadas de poesia que só quem é capaz de ler as pessoas poderia escrever! Eram tantas as frases marcadas que um verde mais escuro sobrepôs o tom de menta numa tentativa emocionada de registrar pra vida toda! Há esperança. Do jogo de bafo às figurinhas colocadas no bolso depois de uma derrota aparente, do passarinho preto triste que poderia se alegrar estando junto com outros dos seus à troca que parecia justa quando se quer o bem do outro .... assim. E .... de tanto derretimento restará uma solidez ... aquela que mora no mais íntimo que nos projeta para trás e para frente num vaivém libertador. Derretimentos necessários esses que colaboram para as cheias desses tempos de solidez!