Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

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24 novembro 2014

Deus-dará


... dentro daquilo que parecia o mais de dentro ela sentia pulsar o momento presente. Olhou e treinou o olhar amiudado pra ampliar o foco e enquadrar aquele instante tão grande. Tinha gente de dentro, gente de longe e todos ali tão perto. Tinha o ruído branco e a escuridão do primeiro segundo de toda e qualquer ida. Ir ao encontro dos/das que vieram era sempre um ato de coragem, de generosidade e loucura. Deixar-se analisar por todo e qualquer detalhe. Deixar-se devorar. Deixar-se largada da auto-cobrança e auto-julgamento. Deixar-se pra se reencontrar. Seria uma primeira voz que modularia uma frase que deveria ficar em suspensão. Seria uma segunda frase. Seria como é na vida uma seqüência espiralada de siléncios e falas. De olhares e piscadas. De folêgo novo num corpo de antes. De som e eco. De presente e passado.

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