Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

19 janeiro 2008

A porta que separa!

Eu fiquei pensando sobre a parceria masculina...
Retirei um olhar de um programa considerado um sub-produto. Vi uma das cenas no Big Brother ... onde um dos participantes (Marcos) foi excluído da festa por conta de uma prova. Logo ele que sempre foi o mais festeiro ... aquele que se emocionava com as músicas tocadas por um DJ ... que vibrava com o inesperado e se deixava levar pelo primeiro acorde entusiasmadamente.
A cena que me tocou fortemente foi uma na qual ele olhava (sentado com as pernas cruzadas) a festa se iniciando. Seus olhos escondidos pelo óculos apareceram avolumados através de uma transparência de alma. Infantilmente tocada.
Uma porta de vidro o separava de um mundo festivo que lhe foi retirado sem muito aviso. E ... ele... criança grande que pensou saber lidar com as rejeições de um (sub)mundo ... se deixou abater ... grandemente.
Os segundos passaram ... como tudo na vida ... passa.
E, bastaram tocar duas ou três músicas para que seus parceiros (Alexandre e Rafael) demonstrassem uma parceria invejável ... eles dançavam na pista pra ele. E, lá de dentro ele correspondia levemente, docemente. Aos poucos a festa inteira girou ao seu redor ... ele encontrou seu sorriso mais bonito e se deixou embalar pela parceria desde antes sentida e que agora se confirmava ... um pouco, ainda mais.
São de pequenos gestos que se faz uma parceria verdadeira. Quando nos colocamos no lugar do outro e nos (re)ligamos à ele...fielmente.
Fico pensando como o mundo dos meninos se resolve mais facilmente ... as coisas passam mais rapidamente e se (re)fazem em fração de um tempo veloz.
Para nós, mulheres, tudo se avoluma rapidamente. Nossas parcerias precisam ser testadas constantemente. A leveza não nos faz levitar ela nos leva embora ... pru´m outro lugar. Ela nos evapora daquele tenso espaço-tempo e nos envolve como redemoinhos. São mágoas que se aprofundam em segundos ... são palavras que foram ditas e que ficam sendo cochichadas em nossos ouvidos por nós mesmos ... sobrevivem fanatasmagoricamente.
Furacão sem vento!
Meus olhos se encheram de água ... vi uma realidade já vivida nesse e em outros tempos. Vi que minha alegria é minha companheira querida. Vi que a música me transporta e me liberta de mim mesma. Vi que tenho dificuldades pra esquecer ... e que preciso aprender. Mas, tenho que realmente querer.
Faz bem se saber ser sozinho ... saber que se é uma boa companhia pra si ... que se pode dançar sozinho!Vi que a amizade se faz com olhar .... amoroso!
Vi que a vida de um outro me faz pensar sobre a minha ... me faz querer ainda mais observar o que me circunda.
Vi que portas sempre se fecharão ... mas sempre existirá possibilidade de se ver o que há do outro lado ... basta o tempo correr selvagemente.
E, assim ... correrá a vida a passos galopantes! Eu ... Saltitante e rodopiante! Meu lado maculino abastecerá minha porção feminina e me levarei pra dançar ...!

7 comentários:

Anônimo disse...

Belzinha!
Também achei que esta cena merecia uma pausa para reflexão, temos muito o que aprender uns com os outros. A nos solidarisarmos com outro; a não encararmos a atitude do outro como uma perseguição; a lidarmos de forma verdadeira com a situação (ou seja, se quisermos sentar em frente a porta e participar da festa mesmo a distância, mesmo parecendo ridículo, por que não?); a resolvermos a questão com uma conversa clara e objetiva. Enfim... temos que simplificar mais as coisas.
Beijos Querida!
Jana.

Marina disse...

Vixi,qtas palavras lindas...tanta da Bel qto da Jana!!!Tb vi a cena,emocionei!Reflexões da vida!

Marina disse...

Bel,Jana me visitou..ameeeeeeeeeeeeeei!Adorei o jeito dela!!!Identifiquei com ela na hora!

Bel disse...

Eu vi Marina e vi também teu destaque lá pra ela. Janinha ...vá la ver que bonitinho....
Como já disse lá na tua casinha ... adoro este intercâmbio virtual.
Beijos,
Bel.

Fiona disse...

Bel, que coisa linda esse post. Deu uma sacudida. Tambem vi parte da cena e fiquei bem tocada.

Olha, a vovó da Karol já não esta mais entre a gente. Desde ontem. Karol tá bem triste, ao mesmo tempo forte diante da falta da avó tão querida, que tinha um papel de mãe na vida dela. Ela tá precisando de muito carinho virtual.

beijoooo

Anônimo disse...

Ai Bel, que Fofa que é a Marina. Fico vendo as coisas que ela escreve, revela, é muito legal. Que bom que através de ti, descobri ela? Fiquei feliz.
Beijos Beldas.
Jana.

Bel disse...

Janinha...a Zeiza fez o blog dela...vai lá passear. Quem quiser ir...passem também.
Beijos,
Bel
http://geisamariana.blogspot.com/