Pacotinhos de felicidade vindos de Floripa.

De tempos contados por dias lá de trás ... veio uma alegria imensa. Veio como peão quando gira depois de um acerto perfeito ... depois de bem enrolado e sustentado por um movimento controlado. Veio como um canto (quase) lírico que se expressa através de uma sutileza precisa. Veio como um tiro certeiro num quadro de dardos numa festa junina. Veio-lhe assim, toda a vida construída pela força das mãos dadas e entrelaçadas pelo mais sincero dos amores: a amizade cultivada pela infinidade dos tempos. E foi assim que vem e vai tanto de quase tudo. Vou com eles e eles vêm comigo ... pela vida à fora. Vou junto e colada com meus verdadeiros e adoráveis amigos. Grudada como pirulito derretido e esquecido dentro de uma bolsa antiga. Amontoada como uma roupa amassada no fundo de um armário novo. Enrolada num nó de fios de cabelos fininhos. Vou me aconchegando com tempo ... com jeito.

Pacotinhos de felicidade lhe são oferecidos! São mãos desenhadas em sobreposição. São delicadezas costuradas em formatos de coração: perfumadas pela lavanda que tudo purifica. São desenhos envelopados num gesto cuidadoso de um delicado carinho.

À ela tudo foi oferecido. Agradecida olhou a azaléia de seu jardim, e, coloriu-se de cor de rosa junto com ela. Foi inevitável lançar seu mais molhado olhar pr´o céu. Fez reverência: ao tempo! Ao bom vento! Ao volume de um sentimento que quanto mais pulsa mais enlaça.