Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

05 novembro 2008

Uma frase: "Você fica lindo de camisa vermelha!"

E, mais uma vez ela confirmou: nada como um dia que passa e se abre em cores novas bem a frente de olhos molhados. Da expressiva face, recortou os olhos molhados: aqueles olhos haviam prendido a sua atenção. Talvez sugerisse uma igualdade no jeito de olhar pra's coisas sutis dessa mecânica vida. Ele era uma pessoa cheia de delicadezas internas, um grande ator que se vê antes do que a qualquer um. Um ser curioso ... de si, primeiro. Inquieto se deixou levar por suas escolhas e se permitiu voltar. Uma criatura enigmática e com uma beleza de alma viva. E lá foi ela com ele num improviso desejado. Ela foi cheia de grandes expectativas acomodadas na palma da mão porque havia o deixado ali, guardado, desde o primeiro dia. Intuição. Esperava pelo dia de olhá-lo em cena. Esperava não desapontá-lo na entrega, esperava não abandoná-lo na oferta. E foi com o coração tão molhado quanto os olhos. Num impulso ... ofereceu-se e quase viu a transparência rolar pela face avermelhada. E pra controlar o pulso lançou-se à frente e o deixou desarmado. Não havia sido uma intenção proposital. Mas, aconteceu. Apesar de tanto tudo se deu ... menos do que poderia ser. Um certo embaraço movido pela expectativa "dos grandes". Ele é realmente grande e ela admirava-o. Tê-lo por perto lhe inspirava a ser um tanto mais que ontem, dentro e fora de cena. Uma parceria movida pelo olhar, uma mão que se deixou levar. Estar ali naquele lugar com tantos queridos e algumas queridas lhe fazia imensamente feliz. Sentia-se viva e de tão viva quase desmaiou. Recuperou o ar em meio as reflexões cotidianas e sentiu novamente a possibilidade de estar no seu lugar, de pertencer a um grupo "possível". Quis agradecer-lhe pela emoção ... por ter lhe dado a mão. Quis agradecer-lhe pela esperança renovada em construir uma ação coletiva. Desejou: que a amizade pudesse existir e se fortalecer. Que os olhos pudessem aceitar a umidade "natural". Que as mãos pudessem se entrelaçar em gestos afetivos. Que tudo pudesse ser de verdade!

3 comentários:

Biana França disse...

As emoções nossas que se misturam com o nosso, posso dizer assim?, de ali estar. Imagino sua alegria, e posso imaginar o momento.
Bjus.

Sheyla disse...

Bel,
Quanta esperança alegre vejo por aqui, hoje!
Dias assim é o que desejo a ti.
Bjs.

Nina disse...

E a Bel sempre escrevendo coisas bonitas, seja aqui, ou na Cris de Bourbon ou na Cris Guerra...
admiro tua leveza ao escrever.
sempre poeta a Bel

um bj e ótimo fim de semana pra ti :)