Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

23 fevereiro 2010

Norma(l)idade

.... de uns tempos pra cá percebeu que a vida havia se desorganizado um tanto: seu armário ainda não era uma galeria como pretendia. Suas gavetas ainda guardavam restos mortais de vidas passadas e que não produziam nem poesia . Pensou em seus porquês: porque não cremava numa lata grande de tinta os restos que quase nada lhe diziam? Porque se encolhia em seu submundo televisivo. Porque as pessoas lhe diziam tão pouco em tempos como aquele? Seu isolamento seria recolhimento ou desesperança? Seu silêncio era conquista ou alento? Sua alegria estava contida? O dia de ontem não havia sido tão bonito como desejara ... o sol não lhe aquecia ... definitivamente. Mas o dia nublado de hoje lhe soprava uma brisa fresca desejada. E lá se ia mais uma metade de um dia ...

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