... sentia nas mãos o peso de seus quatro anéis de prata. Sentia o peso que a circunferência impõe quando adorna os dedos, sentia a artificialidade do adorno. Sentia a falta do seu antigo lugar. Sentia sentir o que não deveria. Sentia se recolher ao invés de se oferecer. Cansou de começar tudo de novo ... queria o seu lugar. Amansou o olhar e retirou de si o peso da prataria naturalizada. Mais leve do que antes viu os anéis refletirem um brilho novo. Daquele que há nas retinas de quem insiste em se colocar: inteira e viva. Gostou do que viu e do que decidiu. Esperaria pra se ver daqui há uns dias ... depois de tudo passar: (entre). Entraria.
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2 comentários:
Florzinha, os seus dias não têm sido tão cinza como gostaria, não é? Gostaria tanto de te acompanhar nessa sua fase crisálida...
Estou atrás de vc, sempre, viu? E se desejar, ao seu lado.
Beijos muito carinhosos.
É por essa e por outras que insisto nessa virtualidade que há em mim, Adorável. É por essa e por outras que invisto no que sinto, além daqui, Adorável.
Tu me entendes tão bem, Elga.
Há de me chegar o cinza que me alegra. Por aqui ... tudo tranquilo, sabe? E eu não vivo na tranquilidade como bem sabes. Gosto do movimento ... e essa lentidão me esgota. Mas é só isso, viu? Eu e minha imensidão voraz.
Muitos beijos ... saibas que tu já estás dentro... do coração, querida.
Com imenso carinho,
Sininho.
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