Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

28 julho 2010

Ressonâncias mais que magnéticas

Um tubo branco. Estava nervosa mas quis tentar dispensar a sedação. Trocou seu figurino pelas roupas azuis deles. Entrou. Ficaria isolada e até gostou daquela sensação. Mais do que a radiação existia a distância. Entrou no forno ressonante. A cabeça ficaria bem no meio daquele forno branco. Era mais do que um microondas ... era o estrondo de uma radioatividade sonorizada por segundos de estrondos. Nem os fones isolaram. Nem ela assim desejou. Eles conduziriam a máquina de leitura do lado de lá do vidro. Janelas. Faltavam flores abaixo delas.
Segurava na mão uma campainha emborrachada. Poderia pedir por companhia. Poderia anunciar aquela tosse que a acompanhava por dias. Durante a leitura barulhenta que a máquina fazia ela teria que segurar a saliva. Nada de engolir: uma novidade. Armazenou. Respirava aos poucos durante aqueles 12 minutos programados. Rápido? E lá estava a relatividade do tempo.
Fechou os olhos na maior parte do tempo. Não tossiu nem relutou. Não precisou tocar a campainha. Afastou a anunciada fobia. Agora viria a conhecida espera. Cervical. Espinha. Discos. Contração. E .... a espera.
Do forno à coragem que lhe preenchia desde há poucos dias.

2 comentários:

Geisa Mariana disse...

Aiiiiiiiiiiiiiiii...não! Sério? Tbm fiz sem sedaçao e ate curti os barulhinhos...mas ficar sem engolir saliva? hummm ja dificulta...ficar sem tossir...hummm pior ainda, mas conseguisse comadre!!!Parabens pra tiiii...bjss

Bel disse...

Comadre ... esses meus registros são comno tatuagens, sabe? Perto de tanto ... isso é tão pequeno e quase insignificante, né?
Tu que és danada como diz o príncipe!
Eu sou só fogueta.
Saudades de tudo daí.

Muitos beijos e uns esmagos.

Bel.