Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

09 maio 2011

Valsando sem querer

Pra tudo nessa vida havia que se acreditar. Uma crença sincera no que havia por dentro. Misturado às visceras. Misturado ao resto de sangue. Embrulhado pelo papel de seda. Envolvido com cuidado e ternura. Havia sido por dentro aquele medo. Aquele desconforto censurado desde as pontas dos dedos. Mas ela firmou os pés no chāo e esperou a palavra certa se projetar num tempo devido. Fez-se intensa como sempre: apontam.
Fez-se serena no dilúvio que provoca quem ironiza por estar perdido. Vícios recorrentes. Jogo psicológico. Nada teatral. Nada ...
Deixou o silêncio ecoar pra dentro dele. Deixou o olhar cicatrizar as feridas de uma antiga rejeiçāo ... sempre destacada por ele. No fim .... quis lhe acompanhar. Da valsa ao riso triangulado num ato de desespero.
Havia nela Uma honestidade em ser ... daquele jeito e com aquela cor.
Havia nela uma honestidade em se entregar e ir cada vez mais pra dentro de si.
Admirou-se.
Poderia até aplaudir.
Um dia se aplaudiria de pé. Em pé.

Nenhum comentário: