Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

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08 agosto 2011

Panos de embrulho

Anteontem ela havia se jogado. Imposto um ritmo que não era necessariamente o seu. Há uma hora atrás ela decidiu se recolher ao que sentia. Em meio aos panos e as correrias de quem quer aparecer por volúpia ela se recolheu. Embrulhada em tons de roxo, entre rendas patchwork ela se encolheu. Não estava propriamente em seu mundo. Não estava propriamente misturada. Nã estava em quase nada além de suas sensações intrínsecas. Deveria ter jogado mais do que as 6 vezes em que encontrou com os seus. Deveria ter escolhido a direção do seu engatinhar: Aceitou o fato de ter sido escolhida pela menina nova que parecia ser densa. Agradeceu o encontro enquanto o ninho propunha o contato nos cabelos. Ela recebeu timidamente mas se aninhou. Respiraram parecido. Parecidas em sua entrega episódica. Talvez pudesse ser um bom começo. Tímido reinício.
Os olhos esquecidos. A boca entreaberta para o ar dançar pela garganta à fora. A música de ninar. A eterna espera. Os olhos claros dele.
Um dia de aula puxado. Uma incerteza à mais.
Espelhos nem sempre refletem o que há por dentro.

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