Era muito cedo para pensar que já era tarde demais! Acordada as 4 da manhã tentava desviar-se da força centrífuga daqueles pensamentos recorrentes. A espiralidade do que lhe vinha a fazia duvidar de sua segurança, de sua força em si. Sim ... Era sobre si! Se o si .... sem o sim! E mesmo sabendo que os lençóis eram azuis assim como a colcha e cobertor .... mesmo sabendo da proteção sabia da sua condição interna, e talvez o vermelho-marrom que lhe preenchia pudesse vazar sobre o azul, talvez a mistura das cores poderia sugerir um novo estado de espírito, de ânimo! Ainda que não se tratasse de desânimo nem de fé algo latejava mais forte que a cabeça! Algo que vinha de lá , de lá detrás, do submundo da quase inconsciência, da solitude de lá, da falta de antes! Havia pensado no sentido da vida depois que a fatalidade lhe tirasse o seu, a sua! Tantos ao redor perdiam quilos de sangue nos últimos dias! E no meio da devastidão que a perda sugere precisavam cobrir de terra toda a hereditariedade dada! A terra misturada com chuva interna, a lama vermelha! Talvez na cremação houvesse uma cartela menor de cores! Talvez o óculos escuro pudesse ser dispensado!
Talvez a solitude desses dias ensolarados lhe fizessem mal!
Talvez precisasse desejar chuva, e frio, com pouco vento, com muitas gotas cheias de molhaduras!
Talvez fosse tarde demais pra pensar que ainda é cedo!
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