Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

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29 abril 2014

Ironias


... quando farejava a ironia que lhe vinha enquanto dava seu gole no café saboreado amargo ... tratava de aquietar primeiro a língua. Aquele era seu músculo mais involuntário. Aquela era sua arma mais nociva. Pra dentro e pra fora! Pra quem ouvia, mas, primeiro, pra ela que dizia. Pr'aquela que responderia. Sabia do poder da auto-intoxicação que lhe inchava o estômago depois do inchaço imperceptível das vísceras. Sabia da acidez provocada por não digerir. E por saber da acidez entendia a necessidade de alcalinizar o feito. O efeito da oposição ... açucararia pra melar o sangue e diminuir a viscosidade inerente, recorrente e quase indecente. Precaução não era medo, era senso de responsabilidade! Chegou em casa e deixou amansar. Vestiu meias grossas para dias frios. Viu a cara do gato na ponta da meia lhe oferecer o seu olhar mais gentil apesar de esbranquiçado. O único mas estampado com tanta vida e em tons de branco e cinza com duas orelhinhas na cor de rosa ... resolveu aceitar. Parecia mais fácil deixar pra lá o que era de lá. E ficar aqui ...

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