Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

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12 setembro 2008

Uma boneca chamada Janaina

Janaina sempre foi como uma lindeza encantada. Desde pequena tinha lindos cachos no cabelo e no coração. Nós a enfeitávamos com um laçarote num lado só do cabelo e pronto, lá estava ela como sempre foi: uma boneca com um sorriso vivo e branco. Sempre elogiada por seus dentes perfeitos ... mal sabiam que a (quase) perfeição dela ia além da brancura exposta pela boca. Invadia a alma à dentro.

Saltitava inúmeras vezes durante o dia ... com suas pernas alongadas e coração apertado crescia vendo eu e a Lela descobrindo a vida, queria estar presente entre nós. E eu, esquecida em mim, nos meus devaneios, na minha entrega adolescente nem reparava: (e, hoje, penso: como pude não olhar aqueles olhos grandes, aqueles cílios coloridos suplicando uma parceria? como pude me ver tanto e desviar dela, daquela doçura de gente em formato de boneca). E, lá ia ela ... saltitando sempre mais para os braços de outros(as) e menos para o meu. Nunca me esqueci: eu a iludia em sua ingenuidade (ainda presente) de anjo. Lembro que quando ganhávamos aqueles chocolatinhos em forma de confetes eu inventava uma brincadeira de criança (e, naqueles tempos , ela com seus 4 anos à menos) era a enfermeira e me medicava com seus chocolates (tão bem guardados pra depois...). Sempre crente nas coisas da vida, acreditava até em mim, em minha atuação interesseira. E, ela se deixava levar pela mão. Tão doce ... gostava de passear de Fiati, de comer massinha com musse de ovo, de brincar de qualquer coisa: de correr, de pular, de corda e de elástico. Linda ... sempre foi linda e elegante. Sempre se arrumou até pra dormir e sempre sonhou com um mundo melhor.

Janinha, mais do que lembranças fica hoje em mim a tua presença. A pequena dos Das Neves, cresceu, inchou e hoje explode-nos de orgulho e alegria. A caçula que saltitava serelepe hoje está muito à frente de nós (e, eu nem desconfiei que estavas treinando!!!). És a nossa doutora, és a nossa professora, és a nossa cúmplice, és um ponto de equilíbrio dentro do nosso clã. Tua maturidade lapidada por tua força de vontade te torna reluzente pra cada um (a) de nós. Tua entrega ao teu ideal (que já se anunciava lá em tempos atrás) se tornou realidade das mais concretas e possíveis que eu pude ver. Conseguistes fazer tua vida encantada porque assim és. Uma profissional lutadora, competente e dedicada . Uma irmã amada e cheia de vida (coletiva). Uma mulher linda e amorosa. Uma pessoa inteira que se propõe a ser mais e mais humana do que já é. Que se (re)faz cotidianamente em nome do amor primeiro: o próprio.

Querida e amada Janinha ... quanto mais perto chego de ti, mais sei que quero ficar! Quanto mais convivo e compartilho meu mundo com o teu mais vejo o quanto preciso querer ser mais. Quanto mais estou mais quero permanecer.

Querida!!! Que tenhas um lindo Ano Novo, cheio de coisinhas boas (além de comidinhas viu?). Que teu estado nutricional impecável contamine outras áreas relevantes da tua vida (p.s: tentei ser acadêmica). Que o amor te rodeie e te faça dançar ao som do Coldplay... e, se possível, que continues me levando junto contigo.

Um Lindo Dia! Happy New Year! Saúde e amor... Um beijo, com amor, Bel.

P.s. Duas observações à mais: para meu querido (Serjones, se é que ele ainda vem por aqui...) e queridas daqui: a primeira esclarece que Janinha é a que estás de amarelo num segundo plano que não lhe é merecido (mas, era a única foto decente em que estamos as duas, brincando com o sol). A segunda enfatiza: setembro é o mês dos aniversários lá de casa (da comadre, da mamis, da Janinha e ainda virá o da Lela )...então ... já viram pra onde minhas palavras irão, não é? Agradeço as delicadezas que sempre se materializam por aqui nas palavras escritas e, antes de tudo, sentidas. Um beijo afetuoso, Bel.

4 comentários:

Elga Arantes disse...

Engraçado... também desejo um feliz ano novo nos aniversários. Não vejo quase ninguém mais fazer isso.

Lindas, as duas da foto. Que bom que pode nos privilegiar com um foto em que seu rosto é totalmente revelado. Não deveria prender-me a esses detalhes físicos, principalmente aqui, mas não resisto. Minha curiosidade é imperativa demais.

Esse seu post me lembrou uma música. Deixo aqui a lembrança dela:

Sol (da foto) de primavera (de setembro dos aniversários)

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
juntos outra vez

Já sonhamos muito
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção

Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do teu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender

"Abrir o peito à força numa procura."

Carinhos.

Biana França disse...

Bel, palavras tão lindas...
Que esse ano que inicia seja para ela maravilhoso.Um grande beijo.
Lindas!(amei a foto)
Bjus.

Anônimo disse...

MEU DE-US!...
Eu tô com vários pingos espalhados pela minha blusa. Bel! Queres me matar do coração?!... Minha mais que querida irmã, obrigada pela linda homenagem, mais uma vez, estou sem palavras.
Um super beijo, o abraço sei que darei em breve, porque estás a cinco minutos da minha casa. Agora o dia está completo, chegou quem faltava.
Muitos beijos agradecidos e emocionados!

Geisa Mariana disse...

Ai agora q vi...esse meu marido fzdo uso capeão do meu computador...rsrrss Lindas palavras aliás...lindas e verdadeiras palavras...pois pelo q conheço da janinha...posso imagina-la criança...pois a essencia ali permanece...Parabéns!!!!!!!!!!!!!!! Bjsssss