Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

19 maio 2009

Confiança

Ela e sua atitude inquieta ... ela e sua postura dilaceradamente cortante. Eles e seus olhos viciados num dos aspectos dela. Ela e sua insistência em mostrar sua outra face: doce e poética. Havia se imaginado dentro daquele vestido, era bem verdade. Havia poetizado sobre a saga daquele vestido de noiva pendurado no teto de um daqueles brechós empoeirados.
Claro .... claro que ela estava feliz de trabalhar diretamente com ele, de ser guiada por seu olhar azulado e emocionado ... focado, por vezes, irritantemente focado. Não se tratava disso .... esperava que ele soubesse disso. Depois da confissão do primeiro desejo veio a empolgação de ser a Vera. Falou sobre o que havia pensado sobre ela. E ela ... pensava sempre muito sobre tudo, especialmente, sobre si. Viu que suas primeiras aproximações estavam apontando para um bom lugar. Daquele dia pra frente esqueceria de se lembrar. Depois de confessar aceitou aquele embrulho delicado e se presentou acreditando na força daquele momento presente. Estava bem acompanhada ... e isso lhe bastava. Serenou ...

3 comentários:

Nina disse...

Hmm ser guida por um olhar azulado e emocionado é bom... serenou né?

A gente vai lendo e vai só imaginando as cenas, cada um a sua maneira. Como qd a gente vê um quadro e o artista pensou em algo mas o publico pensa em outro, nem da pra perguntar ao artista o que ele queria dizer com aquilo. ele disse. e ponto :)

bjs Bel

Unknown disse...

O vestido lhe cairia bem - afinal o senhor dos olhos cheios tbem tem sua magia - mas os caminhos por entre esses olhos vivos são tortos, mas no final, acabam sendo certeiros. Tenho certeza q será um trabalho lindo, como todos tem sido até agora...
confie e deixe serenar...
beijos querida!

Ana Corina disse...

Vixi... O "serenar" é que são elas, minha querida... Beijo.