.. aquilo era o amor. Mais que um kilo, uma tonelada talvez. Uma tonelada de uma só vez. Pensou ...melhor ... sentiu. Riu e sugeriu.
Quis guardar um pouquinho pra amanhã. Que idéia boba: poupar o amor! E como economizaria tudo aquilo. Potes de ouro poderiam derreter na sua frente. Rente as suas retinas congeladas pela poesia que só o desamor parecia produzir. Mais um de seus enganos.
Ainda que Alice se apresentasse em 3D ... ainda assim era ela à sua frente e era ele ao seu lado. E nem o chapeleiro lhe parecia mais sedutor. E nem o Bono Vox com sua alma doce lhe parecia mais encantador. Ele ali cada vez mais em si. Havia sentido tanta saudade! Só naquele instante pode medir.
Estava tudo certo em dias tão incertos. Ele ao lado ... o relógio parado e o telefone desligado. O túnel espiralado ... as cores ... os figurinos ... a luz e eles nas poltronas marcadas em meio a escuridão da floresta inventada. Encantada!
Presentes de longe eram lembranças pra sempre. Cada coisinha pensada ... desejada. Cada pedacinho dele era uma espécie do bolo da Alice que a fermentava de afeto. Ela cresceria ... não queria mais encolher. Não queria mais pensar em 6 coisas malucas a cada amanhecer.
Tinha o encanto do mundo ao seu redor. Tinha mais do que previa.
Bençãos ... magníficas. Ultravioleta. Borboleta.
Trilha: Moment of surrender by U2.
Nenhum comentário:
Postar um comentário