Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

16 agosto 2011

O coelho

... panos enrolados em forma de capa. Abertura em novos contatos. Aproximações sutis. As pinturas em tom de roxo, amarelo e laranja. Havia esquecido do nariz. Ele a chamou e ela sinalizou em formato mediano. Ela ainda se recolhia. Havia sinais e ela lhes falou deles. Aqueceu com quem tem a oratória como vaidade. Se deixou tocar e ela lhe agradeceu. Dançaram e ela se deixou levar. Misturada aos tecidos e as tintas. Misturada entre seus mundo reinventados.
Uma cortina individual. Ele segurava o seu cajado. Ele pontuaria elementos de trabalho. O dente .... O coelho ... O emprego. A dicotomia entre realidade e invenção. Ela resisitiu. Ele insistiu. Ela rivalizou enquanto ele queria poetizar. As forças do afeto agiram sobre ambos. A plateia parou. Um respiro íntimo. O canto ... A mão. Os olhos fechados. A força de quem se expõe desde a alma. De quem se revira e se vira com seus tormentos. Manipulação das dores. Desvelamento de seu mais íntimo dissabor.
Afetou-se mais do que o desejado.
Ainda assim sentiu a acolhida espelhada através dos olhos dele. Em meio a intimidade compartilhada ela rodopiou dentro da dança provocativa que todo jogo sugere.
Rasgadas as intimidades destaca-se a subjetividade expressa em seus olhos dilacerantes.
Um dia bom depois de tanto resgate íntimo.
Um dia pra ser marcado com giz.

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