Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

Casa di Bebel ... Rabiscos sem papel

23 junho 2012

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... Daquela intempestiva melancolia de outro dia lhe veio várias respostas. Porque o mundo ainda exige respostas? Porque o mundo dela era tão cheio de perguntas, ainda? Era de manhã bem cedo e ela ainda rodopiava no centro de uma cama "queen" em torno de seus devaneios. Entre o lugar do meio havia almofadas coloridas sobre as cadeiras. Ela estava inundada por seus rios internos. Ao ler o que a virtualidade acomoda em casas quadradinhas ela se atirou sem bater. Atirou seus olhos, primeiro, sobre a tela. Tanta delicadeza na inclusão dele! Lembrou que era disso que ele era feito: de afeto pelo que lhe é sincero. De retribuição ao que lhe mobiliza, de palavras cheias que nem sempre precisam ser ditas pela língua mas que podem ser vistas pelo brilho de duas retinas límpidas. Depois de atirar os olhos atirou-se inteira naquela resposta cheia. Parecia que ele havia lido cada pensamento obscuro dela. Parecia que a dor havia lhe sussurrado seus lamentos ao pé do ouvido ou bem no centro do músculo do coração. E ao ler se deixou escutar. A voz alta. Ler me voz alta. Se elevar em dias de pequenezas internas. A queda de quem se deixa envolver por cosinhas miúdas que nem deles são! A Queda! Aquela sonhada, planejada e realizada. Aquela que vai da borda ao centro. O centro mais ao centro desse mundo redondo. E o alívio vem depois de escutar seus próprios lamentos. E de hoje em diante .... Ela se " deitaria todas as noites no chão .... por ele!" E tambéms por mais ele. Dois. Quem sabe mais uma vez seriam três. Adormeceria em dias assim! Entre sonhos bons que mereceriam ser acomodados dentro de parênteses!

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